sexta-feira, 30 de novembro de 2007

VIDA, MORTE, VIDA


"Deus não deu às mães o dom de transmutar o mal. De vencer os guerreiros da morte..."

Não. Não quero chorar por ele que foi tão cedo.

Deixou uma mulher sofrida e exausta, uma filha adolescente desesperada e um garotinho que ainda não entendeu que a morte é para sempre...
Sua mãe era a imagem da dor. O pai andava sem rumo, se perguntando o porquê dessa partida tão prematura.
Irmãs e irmãos tentando se lembrar dos momentos felizes, vividos na infância despreocupada. Os amigos, que não souberam de sua avassaladora doença, não conseguiam assimilar a realidade ali presente.

A vida é apenas um breve instante... Pequenino intervalo entre duas datas, a do nascimento e a da morte. Não adianta falar na saudade que é certa, compor frases fúnebres, recitar o desalento. Tudo só vai conseguir rimar com o nunca mais.

O que parece despedida é apenas um até breve. A tristeza jamais poderá ser desespero, a lembrança não será tortura, porque todos que confiam e têm esperança sabem que os olhos que se fecham para as trevas e para o sofrimento se abrirão para a LUZ. Esse fim é apenas o começo real. Vamos caminhar com a serenidade daqueles que sabem que não estamos nos despedindo e que dentro desse imenso vazio nasce a esperança-certeza de que um dia não haverá mais a necessidade de se sentir SAUDADE . O reencontro feliz, com certeza, se dará...



Neyriston,
Siga em paz ! Vá trilhando seu caminho de Luz....
E se der, cante uma canção....