sexta-feira, 29 de abril de 2011

TOSCANA / PISA

Finalmente a Toscana!
Não sei por influência de filmes, livros e novelas, mas a Toscana hoje é o sonho de consumo de muita gente.
Já andei por lá há algum tempo, mas agora vejo tudo com outros olhos. A estrada passa por um processo de manutenção e a seu lado uma obra gigantesca constrói outra estrada com dezenas de túneis e pontes. Por aqui  a auto pista interliga Espanha, França e Itália.
Fiquei meio que grudada na janela do õnibus não queria perdae nada . as árvores cobertas de flores brancas, os vinhedos, as montanhas de sal estocadas para derreter o gelo do inverno. Por aqui se faz o vinho Chiantti tinto ou rosé. O Brunnello de Montalchino é considerado o melhor.
Durante um almoço tumultuado por jovens estudantes em excursão comemos um penne ao pomodoro e o vinho toscano fez a nossa alegria. A sobremesa de mil folhas polvilhada com açúcar nos lembrou as sobremesas servidas a bordo do Costa Fortuna.


Passamos ao lado da cidade de Pistoia, onde nossos bravos soldados lutaram durante a II guerra. Por ali o que me encantou foram os produtores de mudas.
Vi a placa indicando o caminho para Montecatini, onde, de outra feita pernoitamos. Uma cidade termal encantadora! Lembrei novamente, com emoção, das tias queridas.
 Pisa data do século XII e a famosa pelo  monumental conjunto arquitetônico.
Como sempre o ônibus tem de parar bem distante do centro histórico. Fomos caminhando entre as já conhecidas barracas de produtos destinados a turistas. A maior parte "made in China", algumas belíssimas e caríssimas bolsas fabricadas na região e muito badulaque. Novamente os estudantes,milhares deles,  que enchem todas as cidades da Europa, nessa semana que é dedicada a eles. Fazer o quê!
a Piazza dei Miracoli pode ser vista dezenas de vezes mas sempre há de causar um profundo impacto no visitante.

 ESTUDANTES DE TODA A EUROPA SAEM DE SUAS CIDADES PARA CONHECER O PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE OUTROS PAÍSES VIZINHOS.

No grande espaço verdejante, se acomodam ao redor, harmoniosamente,  a famosa Torre de Pisa, o batistério, a catedral e o campo santo (cemitério).
Visitamos o batistério onde mosaicos detalhados enfeitam o chão e admiramos tanta arte contida num só lugar.
O cemitério tem arcas magníficas totalmente esculpidas em mármore branco, a Catedral tem um domo gigantesco e um impressionante baldaquino repleto de esculturas e colunas ricamente ornadas. Os afrescos e esculturas são maravilhosos. As colunas parecem rendas tecidas no branco mármore de Carrara








Com o sol já se pondo chegamos ao Hotel Holliday Inn Firenze.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

BOLONHA





Continuamos a viagem. Passamos por Bolonha e Ancona.
Bolonha é a capital da região de Emilia Romagna e tem meio milhão de habitantes. É chamada de a Cidade Vermelha por causa da cor de suas construções e  também de A Gorda, por causa da mortadela típica da região. Em Bolonha foi inventada grande parte das massas e molhos usadas no cotidiano dos italianos. O parmezão, o vinho lambrusco e o aceto daqui são famosos no mundo inteiro.
A universidade da cidade é de grande importância histórica. Marconi, o inventor do rádio nasceu e viveu em Bolonha e aqui Miguelângelo estudou anatomia.  A cidade também é conhecida como a cidade dos papas, pois quando Roma entrou em decadência transferiram-separa  Bolonha.
Vimos Bolonha de debntro do ônibus. É bem industrializada e tem muitos prédios intrressantes. Alguns bem modernos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

PÁDUA / PÁDOVA





 PRATO DELLA VALLE - AS ESCULTURAS  E  O CANAL
 ALTO RELEVO
NA LATERAL DA BASÍLICA, O PADRE E AS CRIANÇAS DO CATECISMO





 NA PONTE, TENDO AO FUNDO A BASÍLICA.    -    ABAIXO, O CAMPO DE COLZA.
 De Veneza a Pádua a distância não é muito grande. A estrada continua nos encantando. Atravessamos o maior rio da Itália, o Pó, e o rio que banha Verona, o Ádige. Os Apeninos podiam ser avistados ao sul, na fronteira com a Eslovênia. Campos floridos de colza, vinhedos e cerejeiras em flor. Bem próximo da estrada um faisão ciscava a terra recém arada.  A região é bem plana  e pela janela do ônibus podia  se ver a grande área cultivada. Dois patos enormes, brancos e gordos voaram em direção à minha janela e achei incrível vê-los de tão perto.
Com pouco mais de duas horas já estávamos na parte industrial de Pádua. Aos poucos foram surgindo os grandes prédios, as indústrias e a famosa universidade, uma das mais importantes e mais antigas da Itália, onde estudaram Dante e Petrarca . Nessa mesma universidade, Galileu Galilei foi professor.
Pádua é o terceiro maior ponto de peregrinação cristã.
A Abadia de Santa Giustina é bem menor que a Basílica  mas, externamente é  muito bonita. Só a vimos por fora.
Antônio Ferdinando nasceu em Lisboa e adotou Pádua como cidade de coração. Teve uma vida curta, pois morreu em 1231, antes de completar 40 anos e depois de se tornar Doutor da Igreja, escrever e proferir vários sermões que levaram multidões à cidade para ouví-lo.
Logo começaram os relatos de seus milagres e em 1267 começou a construção da Basílica em sua honra.
Milhares de fiéis visitam Pádua todos os anos. A Igreja tem cúpulas semelhantes às de San Marco (Veneza) num estilo bizantino veneziano inconfundível. São várias torres e um campanário primoroso.
 Entramos na imensa nave central da Basílica e ali ficamos admirando as magníficas obras de arte que cobrem paredes, colunas e teto. São quatro naves e muitos altares. A arquitetura impressiona.
O altar com as relíquias do Santo são veneradas pelos fiéis. A língua  do grande pregador está em um rico relicário para ser admirada e adorada.
A arca onde repousam seus restos mortais  em um altar rodeado por esculturas em mármore representando os milagres e a vida do Santo. Tudo muito trabalhado com um  preciosismo admirável, como os imensos castiçais que ladeiam a arca. São inúmeras as esculturas e peças em ouro e prata, verdadeiras jóias, expostas no interior da Basílica.

Ao sairmos de lá, descemos uma longa rua cheia de lojas e barracas que vendem os souvenirs e as tradicionais velas e os pães de Santo Antônio, medalhas, escapulários, livros, postais e tudo que turistas e peregrinos gostam de comprar.
Chegamos novamente ao Prato della Valle, onde dezenas de estátuas em mármore ficam à margem de um canal que circunda a praça redonda, que conta ainda com quatro pontes. Ali aconteciam assembléias e hoje é local importante na vida da pacata cidade de Pádua.
Uma simpática feirinha nos encheu os olhos de cores e aromas. Fotografamos tudo e saímos dali com vontade de um dia retornar para conhecer melhor esse cantinho da Itália.

terça-feira, 26 de abril de 2011

JESOLO

Ficamos hospedados em Jesolo, ou melhor Lido di Jesolo. Não sei bem se pertence a Veneza, não sei ao certo se é mais uma ilha .
O Hotel Le Soleil é bonito e confortável. Fica  numa praia enorme, de areias não muito brancas, mas muito bonita. As águas de um azul profundo não deixam dúvida porque Jesolo é um dos balneários mais famosos da Itália. Ali, alemães e ricos de toda Europa constroem suas casas, exibem seus coloridos jardins e aproveitam as delícias do verão.
Belos restaurantes e  pizzerias fizeram a nossa alegria no final do dia. Ao anoitecer o vento soprou forte e esfriou um pouco.




Descansar é preciso, pois amanhã vamos enfrentar novamente a estrada, rumo à Toscana.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

VENEZA - LA SERENÍSSIMA

É verdade que desembarcamos em Veneza. É verdade também que navegar com o Costa Fortuna pela Laguna e chegar ao porto foi magnífico. Mas, logo depois do desembarque fomos direto para Verona.
E agora, já engajados na excursão da Special Tours, sob o comando severo da guia espanhola Ruth, estamos voltando à cidade mais procurada pelos enamorados.
 AS ILHAS E SEUS CAMPANÁRIOS.
 O MESTRE VIDREIRO NA LOJA DE MURANO
 O PALÁCIO DOS DODGES  E SAN MARCO AO FUNDO
 EMBARCANDO NA GÔNDOLA
 ATRAVESSANDO MAIS UMA PONTE. ENGARRAFAMENTO DE GÔNDOLAS
 VINO E BIRRA , PANE E PASTA... A BOA COZINHA VENEZIANA.
 MOSAICOS BIZANTINOS NA ÁREA EXTERNA DA BASÍLICA DE SAN MARCO. ARTE LEVADA AO EXTREMO.
O PALÁCIO DUCAL.

Saimos de Jesolo, onde estávamos hospedados, uma  linda cidade praiana que será tema de um próximo post.
Passamos de novo por Verona. Era domingo e o movimento na Piazza Bra estava diferente. Muitas famílias, coral de crianças e a alegria normal de um domingo ensolarado. Um chope no Hippópotamo, uma última olhada nas Muralhas, na Arena, na Porta Nuova. Verona, em tempos idos, pertenceu à Veneza. e guarda em sua arquitetura muito do estilo barroco veronês. É uma cidade encantadora.
pudemos agora observar com mais tempo as antigas muralhas e o conjunto arquitetônico da Piazza.
 E de novo na auto-estrada, rumo a Veneza.
A capital do Veneto tem uma característica que a torna uma cidade difícil de se andar sem se perder. 90%  de suas ruas nâo têm nomes e mesmo com um mapa nas mãos é fácil se confundir. São seis bairros  e as ruas que têm nomes, costumam  ter nomes iguais. Um desafio para forasteiros.
São apenas 300 mil habitantes e a maioria absoluta são de pessoas bastante idosas. O aeroporto local é o Marco Polo e o tráfego aéreo é absurdo. Jatos cruzam o céu deixando o conhecido rastro branco formando desenhos parecidos ao jogo da velha. A Laguma tem  mais de 500 mil metros quadrados de água parada que, segundo os venezianos, se recicla a cada seis horas, com o movimento das marés.. São 118 ilhas, 177 canais e mais de 400 pontes.
Disse a guia, que Veneza se resume à Piazza de San Marco, pois a cada ponte atravessada, uma outra ilha se apreenta. A pouca profundidade da Laguna só permite a navegação por quem a conhece desde cedo. Só mesmo os venezianos que  conhecem desde sempre essa república marinheira, onde os papas detinham todo o poder.
 E o poder dos papas estava diretamente ligado ao poder do sal, muito valorizado na época. Por Veneza passava todo o sal de então e o imposto estipulado por eles era bastante alto.
Veneza hoje vive basicamente do turismo, pois sua indústria se resume às de vidro ( Murano). Cada ônibus de turismo que entra em Veneza paga uma taxa de 300 a 400 Euros para permanecer ali algumas horas. 
Tudo em Veneza gira em torno das águas da Laguna: estaleiros, lanchas da polícia, táxis, transporte público, carros funerários, gruas da construção civil, bombeiros.  O movimento marítimo e incrível.
Navegando rumo à Piazza de San Marco, fomos observando as Ilhas que povoam a Laguna. A antiga Ilha Manicômio; a de Murano onde se fabrica o vidro famosos em todo o mundo e que mostra de longe o farol todo branco; a Burana que é a ilha dos pescadores; Lido di Venezia, onde se realiza o célebre festival de cinema e onde estão os melhores hotés; a de Santa Helena; a de Santo Erasmo;  a Lido de Jeosolo, onde ficamos hospedados; a deTortelo, chmada de Ilha Fantasma, a Ilha de San Miguel onde Stravinsk está enterrado. Entre a Ilha de São George e de São Marcos, aparecem dois campanários. O piloto da nossa embarcação, habilidosamente, chegou a um ponto onde ambos se confundem tornando-se apenas um. Foi até aplaudido  por nós. Bem interessante a brincadeira.
Outras centenas de ilhas vão se mostrando à medida que avançamos rumo a San Marco: a Torchetto, a do Convento Armênio, a de São Clemente, a de San Sérvolo.
E finalmente o porto onde descemos.
Andar de novo por Veneza é um privilégio.O sol forte e as centenas (milhares) de turistas ávidos por conhecer, comprar, fotografar  e comer nos deixaram meio atordoados.
Resolvemos não encarar as gôndolas. Foram os nossos companheiros de viagem. Acompanhamos o embarque, fotografamos e fomos adiante. Já tínhamos combinado que iríamos nos perder em Veneza. sem compromissos. Então saímos, eu e Danilo, a ver os canais, as lojas, os becos, atravessando pontes, admirando a arquitetura única, vendo igrejas, museus, vendedores, feiras...
As máscaras estão por toda parte. Lindas! Ver o artesão na fábrica de Murano soprando o vidro foi uma experiência maravilhosa. A loja é belíssima. Peças valiosas forjadas a mais de mil graus mostram toda a inventividade humna. De areia e arte surgem cavalos, aves objetos, jóias. Tudo brilhante! Tudo muito colorido! E caro...muito caro!
A Piazza estava repleta de gente de todo o mundo. Não resistimos e entramos na Catedral de São Marcos. Ao nos depararmos com os dourados mosaicos bizantinos e toda a monumental arquitetura da Catedral,  nos lembramos imediatamente das tias que nos acompanharam em nossa primeira ida à Europa e essas lembranças nos levaram à inevitáveis  lágrimas. Ficamos ali por um tempo, contemplando tanta beleza e relembrando momentos felizes.
Almoçamos numa simpática cantina, tomamos um vinho perfeito e retomamos nossa caminhada por La Sereníssima.
Já no porto, cansados, resolvemos parar para um café e fomos atendidos por um simpático cubano. Logo chegaram o Maurílio e a Cláudia e por ali ficamos, trocando impressões sobre esse dia inesquecível.
De repente, ouvimos um apito longo e bastante conhecido. O Costa Fortuna, chegando da Grécia, deixava o Veneza, rumo a outras terras. Foi emocionante ver o nosso navio, outra vez, no mesmo porto em que desembarcamos, mais de uma semana depois... Coincidência maravilhosa!
E lá vamos nós, rumo ao hotel Le Soleil, em Jesolo, que ninguém é de ferro. a cama nos chama. Aos gritos!