sábado, 24 de janeiro de 2009

CAMILA, DOCE MENINA. CAMILA, ENGENHEIRA

"O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA..."

Não sei se foi ontem, ou antes de ontem que, estando em Divinópolis, vi aquela menininha agarrada nas pernas da mãe. Era agarrada mesmo. Literalmente. Da pia pra sala, da sala pro quarto, a mãe andava com dificuldade, pois a pirralha não soltava suas pernas.
Anos depois foi em Formiga, que a vi correndo pela praia do rio (ou represa) atrás dos peixinhos, com seu cabelo liso, balançando ao vento. De novo em Divinópolis, já grandinha, sempre às voltas com papel e lápis, escrevia poesias, desenhava, fazia redações engraçadas e inspiradas. Nessa época gostava de música e se iniciava no teclado. Acredito que ela escreva poesias ainda hoje. Quando alguém pegava o violão, logo ela se assentava ao lado e cantava, afinadinha, músicas "do nosso tempo" sem errar a letra... E não é que agora, essa menininha linda se forma na UFMG em Engenharia Química? Linda, charmosa, competente. Não há quem não se encante pela doçura que é essa garotinha... Parabéns Camila, que sua vida profissional seja tão feliz quanto a pessoal. Continue assim. Determinada, sempre disposta a aprender, solidária e amiga.
Transcrevo abaixo, sem os erros infantis, uma redação que você fez quando tinha 7 anos e estávamos em Divinópolis. Divirta-se. E se quiser, emocione-se com sua ingenuidade e inocência.
Depois lhe entrego o original manuscrito de sua pequena obra literária.

" A SURPRESA
Leo tem um aquário, mas o aquário não tem peixe, é só aquário.
O aquário tinha vários peixes, mas morreram todos os peixinhos.
Quando chegou o aniversário de Leo, os seus pais e sua irmã Jadi chamaram os amigos de Leo, de Jadi e de seus pais.
Mas...Que surpresa! Eles fizeram uma festa para o Leo sem ele perceber. E adivinhe o que ele ganhou? Se você falou três peixes, acertou. E ele pegou os peixes e pôs no aquário.
Leo ficou muito feliz. E sua família também. Que bom que ele ficou feliz! Você não acha bom?

Esta história eu fiz para o meu primo Leonardo que gosta de peixe igual este menino."

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

VIAJAR É DESVENDAR O MUNDO




Hoje terminei de ler o best seller de Geofrey Blainey - Uma Breve História do Mundo - que ganhei do Felipe. Ele escreveu na dedicatória "que este livro poderia contribuir para meu repertório magnífico de histórias". O livro conta de forma simples e linear toda (mas toda mesmo) a história da humanidade. Achei muito interessante descobrir coisas sobre as quais jamais pensei. Uma dessas coisas foi sobre o hábito de viajar. No capítulo 28 o autor fala sobre O Globo Desvendado, contando que poucas pessoas viajavam, que quase ninguém sabia nada sobre além dos limites da sua vila ou povoado. Só exploradores, naturalistas e geógrafos se aventuravam a sair por esse mundo sem mapas confiáveis, estradas, locais onde se abrigar. Foram os pioneiros nessa grande luta em desvendar o mundo. O Pólo Sul só foi alcançado em 1911, os aborígenes australianos só tiveram imagens divulgadas em pleno século XX e o Canal do Panamá só foi terminado em 1914. Estradas, aviões, grandes navios, trens velozes e ônibus que levam e trazem pessoas são coisas novas. Muito novas. O mar era um mistério, a meteorologia não existia como ciência, as doenças eram temidas. Meu avô Ricardo foi à Europa em 1948 e se deslumbrava com o feito. Eu nasci nesse longínquo ano. Quantos netos dele já foram muito mais longe e sem tal deslumbramento? Em mim a semente plantada por ele e por meus pais germinou e cresceu de forma assombrosa.
Esta semana, uma prima perguntou se eu "comi canela de cachorro", uma vez que volta e meia ando caindo na estrada e relatando no Blog minhas peripécias, sempre documentando com muitas fotos. Uma amiga sugeriu que eu e minha irmã formássemos um dupla sertaneja intitulada "Mala Pronta e Boa Viagem". Acho que, agora que homens corajosos e muito malucos colocaram o mundo a nosso dispor, só nos resta aproveitar e não decepcioná-los. Ver e trilhar outras rotas e trilhas faz todo o sentido nos dias que correm.


Esse post vai para o Felipe, pra Jane e pra Elem. Ainda vamos percorrer estradas sem fim, juntos e nos divertindo.