quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ARGENTINA - O estrago causado pelas cinzas

Finalmente consegui comprar meu colete de fotógrafo, cheio de bolsos, mas o Danilo se apossou dele ante mesmo que eu pudesse usá-lo...

O vulcão chileno Puyehue fica há mais de 100 Km de Bariloche. Mas os estragos feitos na economia da cidade são visíveis. Os carros velhos e sujos, construções paralisadas, placas de VENDE_SE pra todo lado, restaurantes e lojas fechados, muitos estabelecimentos não aceitam cartões de crédito, só dinheiro vivo- seja peso, peso chileno, dólar ou real... uma lástima! Todos os lugares padecem da falta de funcionários, uma vez que eles foram demitidos para que o negócio se mantenha até o vulcão dar sossego novamente. Os que estão trabalhando, se sujeitam a jornadas duplas ou triplas, para não terem de sair da cidade.


No últmo dia entramos na Galeria Sol, cheia de lojas bonitas e com arquitetura que privilegia a madeira. Totalmente difrente.

No Friends um corderito patagônico delicioso...
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ARGENTINA - Bariloche, uma bela cidade!


Esta rua parece que foi inspirada naquela famosa ladeira de San Francisco, na Califórnia







As construções ao estilo patagônico são de madeira de cipreste aparente e pedras, como essa grande cervejaria de Bariloche.
Fomos andando pelas margens do Lago até ao Museu Patagônico. Estava fechado e não conseguimos um táxi para voltar. Fiquei bem cansada, pois o sol forte não deu trégua. sempre é bom se informar dos horários, mas...
Esse cão, que mais parece um lobo, nos seguiu por mais de uma hora. Eles são muitos pelas ruas da cidade. São enormes, peludos e, apesar de parecerem abandonados, são limpos e parecem bem alimentados.

                                                       Cabine telefônica toda feita de madeira da região.
                                   Ladeira em curvas e com belos e floridos jardins.


O Lago Nahuel Huapi é muito grande e com profundidade média de 360 metros. Emoldurado pelos Andes e com uma cor inigualável, confere á cidade paisagens belíssimas, e de onde quer que você esteja, apreciar essa profusão de azul é sempre muito bom.
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ARGENTINA - Cerro Catedral

Um rio que deságua no Lago, oferece praia de areia vulcânica, grossa, pedregosa e escura, para quem quiser se refrescar nas águas geladas que descem dos Andes.

O Hotel Llao Llao está localizado em uma pequena colina às margens dos Lagos Nahuel Huapi e Moreno, numa paisagem magnífica emoldurada pelas montanhas e cerros que cercam Bariloche.
Construído em 1940 e totalmente reformado em 1993, o Llao Llao é considerado o melhor hotel de Bariloche, reunindo o requinte o os serviços de um resort 05 estrelas num local de beleza esplêndida.
 Llao Llao é o nome de uma espécie de fungo, que cresce nos nós da madeira do cohue, árvore patagônica muito comum na região. Esse fungo era conhecido como o pão dos mapuches e llao llao, quer dizer doce- doce.
SPA, resort e clube de golf fazem do Llao Llao um dos hotéis mais refinados da região e conhecido no mundo inteiro. Os jardins de lavanda, totalmente florido, perfumam toda  a área que cerca o hotel.

                           Essa grande boneca fica bem defronte à fábrica de cosméticos de rosa mosqueta. Compramos um óleo que promete a juventude eterna por um preço bem salgado...



Devido a problemas nos carrinhos dos teleféricos causados pelas cinzas vulcânicas e a falta de turistas nesse inverno, muitos estão fora de operação e alguns estragados, o que nos levou a permanecer na base do Cerro onde ficam as diversas escolas de esqui, lojas de aluguel de roupas pra neve e equipamentos para a prática de snow board e esqui, além de cafés, sorveterias, hotéis, restaurantes e lanchonetes. Parece que no inverno aquilo se transforma em uma verdadeira cidade...

Com mais de 103 km. de pistas, no meio de um parque de 600 hectares , o Cerro Catedral oferece 32 meios de elevação com uma capacidade horária de 26.700 pessoas É o maior complexo de esqui da América do Sul! No inverno, devido ao grande número de brasileiros, Bariloche passa a se chamar Brasiloche, segundo a nossa guia.

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ARGENTINA - Circuito Chico


Depois de sairmos do Cerro Campanário,  fizemos uma parada em um "mirador"  para apreciarmos a paisagem. A vista que se descortina é essa aí. Já esgotei todos os adjetivos que poderia usar para classificar tamanha beleza.





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ARGENTINA - Mi gusta San Carlos de Bariloche!

Ficamos com receio de subir até o alto do Cerro Campanário pelo teleférico, mas fomos convencidos pela guia. Na parte alta o Cerro tem 1050 metros de altitude e a vista é de 360º. Lagos, glaciares, a cordilheira com toda sua imponência... Danilo e eu nem tivemos muito medo ao subir, visto já termos experiências ruins em outros teleféricos. Não é muito alto e relativamente, o percurso é curto. E valeu a pena termos tido coragem de enfrentar nossos infundados receios.

O grande lago Nahruel Huapi e suas inúmeras ramificações podem ser vistas em todo o seu azulado esplendor. O dia claro e o sol forte deram mais beleza ao lugar



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ARGENTINA - Bariloche - Cerro Campanário


Nossa terceira guia chamada Patrícia foi nos buscar no Hotel para fazermos o Circuito Chico. Simpática e interessada em atender bem os passageiros foi nos dando informações durante todo o trajeto. A atividade turística é realmente a principal fonte da economia em Bariloche, mas a atividade científica no Centro Atômico da cidade também atrai jovens pesquisadores de todo o mundo. Na realidade, esse centro começou a “funcionar” como uma fraude na época de Peron, mas depois de descoberto que ali só existiam as instalações, resolveu-se que seria um centro de atividades científicas de verdade e, desde então, vem atraindo pesquisadores e cientistas da área nuclear para fins médicos e energéticos.



Os miradores do Cerro Campanário  são espetaculares . As fotos não fazem jus ao que vimos por lá.






No inverno a neve cobre toda essa região e em 2007 amargaram 18º graus negativos. Hoje estamos enfrentando um calor é de mais de 30 graus.


                           Apesar do medo resolvemos subir de teleférico. E não nos arrependemos.
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ARGENTINA - Bariloche e as cinzas do vulcão

Estas fotos  da Internet  mostram o horror que os habitantes da cidade enfrentaram com a chegada repentina das cinzas. Vejam como ficou o Centro Cívico.
Um fotógrafo local, Fernando, nos contou o desespero das pessoas, a corrida aos supermercados e aos hospitais por causa das cinzas do vulcão chileno.
O aeroporto ficou fechado por bastante tempo. Demos sorte, pois deveríamos seguir de ônibus até Neuquén, que fica a 600 Km de Bariloche - Buenos Aires fica há 1600 Km - e de lá seguiríamos para a capital portenha de avião. Na véspera, o aeroporto foi reaberto e pudemos evitar uma cansativa viagem de ônibus de mais de 7 horas. 

Matando saudades da cerveja Quilmes no Restaurante Friends. E comendo pochoclo ( pipoca)...Cadeiras na calçada e o movimento da Rua Mitre nos convidam a ficar horas conversando sobre a viagem e tudo o que estamos vivendo nesses dias.

Esta árvore que parece ser uma espécie de araucária me deixou encantada. E estava cheia de pinhas secas. Linda de verdade.



                              Essa é uma das árvorezinhas do parque que fica  próximo ao Centro Cívico.


Belos jardins, muitas rosas e tudo muito bem cuidado. Vestígios de cinza do vulcão são vistos e sentidos em todos os cantos da cidade.
Esta ave é a bandúria, muito conhecida  na região. Algumas delas vivem nos jardins do Hotel Bela Vista, bem em frente ao Hotel em que estamos hospedados.
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ARGENTINA - Bariloche


Nossa viagem está sendo surpreendente. Os lagos  encravados entre os Andes são maravilhosos. As paisagens chilenas nos deixaram atordoados. 
Chegamos a Bariloche de barco em Puerto Pañuelas e um receptivo nos levou, de ônibus, até o centro da cidade, que não fica muito distante, mais ou menos uns 25 Km. Pelo caminho fomos apreciando a paisagem. 
Bariloche fica na Província de Rio Negro, na  patagônia Argentina e  há 1600 Km de Buenos Aires.
O Hotel Nahuel Huapi é bem no centro nervoso da cidade. Como já chegamos ao anoitecer, por volta de 21:00h, resolvemos jantar ali pertinho, no restaurante Il Giardino. Um tango, tocado numa gaita por um rastafari, nos deu a certeza que estávamos mesmo na Argentina. Mas o cansaço e as emoções do Cruce Andino não nos permitiram ficar até tarde. 
Pedimos uma tabla Patagônica. Difícil de gostar. Um peixe salgado de sabor muito forte, javali e cervo defumados - carne escura, dura e meio rançosa, alguns crudos estranhos, queijos duros, fortes e defumadíssimos. Ficamos com os pães e provamos de tudo. Mas não deu pra encarar. Vimos depois que  todos os restaurantes oferecem essa “tabla” em seus cardápios. Não recomendo...

O Hotel Nahuel Huapi oferece um café da manhã um tanto fraco, mas as ilustrações botânicas, de espécies patagônicas dão um ar de refinamento ao restaurante.
Após o café começamos a circular a pé pela cidade, que não é muito grande e vem enfrentando uma crise sem precedentes por causa dos estragos feitos pelo vulcão chileno e que levou toneladas de fumaça para San Carlos de Bariloche, em outubro de 2011. Em um restaurante uma placa dizia: – Precisamos urgentemente de clientes. Não exigimos experiência anterior. O bom humor sempre ajuda a enfrentar períodos difíceis. E os argentinos não estão bem humorados....

A cidade  ainda está  empoeirada e mais de 30 mil pessoas  já deixaram a cidade. 


 O turismo está decadente e as pessoas pessimistas quanto ao futuro de Bariloche.



O Museu da Patagônia,  que fica no Centro Cívico, é pequeno, mas muito bem cuidado e com uma boa mostra da fauna patagônica e da cultura  mapuche, os indígenas que primeiro habitaram a região. Armas, objetos e documentos ali estão expostos desde 1940.


Esta foto é do condor andino,pendurado logo na entrada do Museu. Ele  chega  a ter 3 metros de envergadura. As luzes não permitiram uma foto de melhor qualidade. Ou a habilidade da fotógrafa, que não é muita. Não sei bem...

As construções do Centro Cívico são em madeira de cipreste e pedras. Ali acontecem eventos culturais e feiras de artesanato. É o verdadeiro  coração da cidade e um dos cartões postais mais visitados de Bariloche.

Esse escadaloso bife de chorizo é do Boliche do Alberto. A carne é macia e suculenta, com tempero suave e o famoso molho de chimichurry.

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