quarta-feira, 27 de abril de 2011

PÁDUA / PÁDOVA





 PRATO DELLA VALLE - AS ESCULTURAS  E  O CANAL
 ALTO RELEVO
NA LATERAL DA BASÍLICA, O PADRE E AS CRIANÇAS DO CATECISMO





 NA PONTE, TENDO AO FUNDO A BASÍLICA.    -    ABAIXO, O CAMPO DE COLZA.
 De Veneza a Pádua a distância não é muito grande. A estrada continua nos encantando. Atravessamos o maior rio da Itália, o Pó, e o rio que banha Verona, o Ádige. Os Apeninos podiam ser avistados ao sul, na fronteira com a Eslovênia. Campos floridos de colza, vinhedos e cerejeiras em flor. Bem próximo da estrada um faisão ciscava a terra recém arada.  A região é bem plana  e pela janela do ônibus podia  se ver a grande área cultivada. Dois patos enormes, brancos e gordos voaram em direção à minha janela e achei incrível vê-los de tão perto.
Com pouco mais de duas horas já estávamos na parte industrial de Pádua. Aos poucos foram surgindo os grandes prédios, as indústrias e a famosa universidade, uma das mais importantes e mais antigas da Itália, onde estudaram Dante e Petrarca . Nessa mesma universidade, Galileu Galilei foi professor.
Pádua é o terceiro maior ponto de peregrinação cristã.
A Abadia de Santa Giustina é bem menor que a Basílica  mas, externamente é  muito bonita. Só a vimos por fora.
Antônio Ferdinando nasceu em Lisboa e adotou Pádua como cidade de coração. Teve uma vida curta, pois morreu em 1231, antes de completar 40 anos e depois de se tornar Doutor da Igreja, escrever e proferir vários sermões que levaram multidões à cidade para ouví-lo.
Logo começaram os relatos de seus milagres e em 1267 começou a construção da Basílica em sua honra.
Milhares de fiéis visitam Pádua todos os anos. A Igreja tem cúpulas semelhantes às de San Marco (Veneza) num estilo bizantino veneziano inconfundível. São várias torres e um campanário primoroso.
 Entramos na imensa nave central da Basílica e ali ficamos admirando as magníficas obras de arte que cobrem paredes, colunas e teto. São quatro naves e muitos altares. A arquitetura impressiona.
O altar com as relíquias do Santo são veneradas pelos fiéis. A língua  do grande pregador está em um rico relicário para ser admirada e adorada.
A arca onde repousam seus restos mortais  em um altar rodeado por esculturas em mármore representando os milagres e a vida do Santo. Tudo muito trabalhado com um  preciosismo admirável, como os imensos castiçais que ladeiam a arca. São inúmeras as esculturas e peças em ouro e prata, verdadeiras jóias, expostas no interior da Basílica.

Ao sairmos de lá, descemos uma longa rua cheia de lojas e barracas que vendem os souvenirs e as tradicionais velas e os pães de Santo Antônio, medalhas, escapulários, livros, postais e tudo que turistas e peregrinos gostam de comprar.
Chegamos novamente ao Prato della Valle, onde dezenas de estátuas em mármore ficam à margem de um canal que circunda a praça redonda, que conta ainda com quatro pontes. Ali aconteciam assembléias e hoje é local importante na vida da pacata cidade de Pádua.
Uma simpática feirinha nos encheu os olhos de cores e aromas. Fotografamos tudo e saímos dali com vontade de um dia retornar para conhecer melhor esse cantinho da Itália.

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