Nossa viagem está sendo surpreendente. Os lagos encravados entre os Andes são maravilhosos. As paisagens chilenas nos deixaram atordoados.
Chegamos a Bariloche de barco em Puerto Pañuelas e um receptivo nos levou, de ônibus, até o centro da cidade, que não fica muito distante, mais ou menos uns 25 Km. Pelo caminho fomos apreciando a paisagem.
Bariloche fica na Província de Rio Negro, na patagônia Argentina e há 1600 Km de Buenos Aires.
O Hotel Nahuel Huapi é bem no centro nervoso da cidade. Como já chegamos ao anoitecer, por volta de 21:00h, resolvemos jantar ali pertinho, no restaurante Il Giardino. Um tango, tocado numa gaita por um rastafari, nos deu a certeza que estávamos mesmo na Argentina. Mas o cansaço e as emoções do Cruce Andino não nos permitiram ficar até tarde.
Pedimos uma tabla Patagônica. Difícil de gostar. Um peixe salgado de sabor muito forte, javali e cervo defumados - carne escura, dura e meio rançosa, alguns crudos estranhos, queijos duros, fortes e defumadíssimos. Ficamos com os pães e provamos de tudo. Mas não deu pra encarar. Vimos depois que todos os restaurantes oferecem essa “tabla” em seus cardápios. Não recomendo...
O Hotel Nahuel Huapi oferece um café da manhã um tanto fraco, mas as ilustrações botânicas, de espécies patagônicas dão um ar de refinamento ao restaurante.
Após o café começamos a circular a pé pela cidade, que não é muito grande e vem enfrentando uma crise sem precedentes por causa dos estragos feitos pelo vulcão chileno e que levou toneladas de fumaça para San Carlos de Bariloche, em outubro de 2011. Em um restaurante uma placa dizia: – Precisamos urgentemente de clientes. Não exigimos experiência anterior. O bom humor sempre ajuda a enfrentar períodos difíceis. E os argentinos não estão bem humorados....
A cidade ainda está empoeirada e mais de 30 mil pessoas já deixaram a cidade.
O turismo está decadente e as pessoas pessimistas quanto ao futuro de Bariloche.
O Museu da Patagônia, que fica no Centro Cívico, é pequeno, mas muito bem cuidado e com uma boa mostra da fauna patagônica e da cultura mapuche, os indígenas que primeiro habitaram a região. Armas, objetos e documentos ali estão expostos desde 1940.
Esta foto é do condor andino,pendurado logo na entrada do Museu. Ele chega a ter 3 metros de envergadura. As luzes não permitiram uma foto de melhor qualidade. Ou a habilidade da fotógrafa, que não é muita. Não sei bem...
As construções do Centro Cívico são em madeira de cipreste e pedras. Ali acontecem eventos culturais e feiras de artesanato. É o verdadeiro coração da cidade e um dos cartões postais mais visitados de Bariloche.
Esse escadaloso bife de chorizo é do Boliche do Alberto. A carne é macia e suculenta, com tempero suave e o famoso molho de chimichurry.
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