quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CONSERVATÓRIA - A Metro Goldwyn Mayer apresenta...

A noite de sábado reservou para nós fortes emoções. Primeiro foi a ida ao cinema. Isso mesmo! E que cinema. Andamos uns quinhentos metros, pelas calmas ruas da cidadezinha, conversando, totalmente despreocupados com a violência, que por lá não existe. Fomos ao sítio Rancho Centímetro, onde o cinéfilo Ivo Raposo, reconstruiu em pequena escala o Cine Metro Tijuca, que foi demolido em 1976. Nos jardins, um totem, um grande urso, um carroção dos antigos faroestes, uma cabana de madeira, carrinho de pipoca, cartazes em preto e branco de antigos filmes que todos vimos no século passado. Bilheteria, poltronas estofadas, tapetes, cortina verde, lustres laterais... A emoção tomou conta de todos nós. Foi inevitável a lembrança das velhas matinês, do namorinho de mãos dadas, do lanterninha insuportável. Saudosismo! Talvez. O proprietário desse palácio relatou durante uns quarenta minutos a sua saga para conseguir o material do cinema demolido na Praça Saez Peña e restaurar tudo isso. O nome Centímetro nos remete a uma pequena fração do Metro Tijuca. Antes de começar a projeção do filme os três característicos sinais sonoros, a música de abertura e o dramático abrir das cortinas. Espetacular! Cinqüenta pessoas tiveram a oportunidade única de ver a película original da retrospectiva do ano de 1974, o “ trailer” de “O Vento Levou”, fragmentos da Opereta Viúva Alegre (que vi na inauguração do cine Palladium, com o meu avô) e Gene Kelly “dançando na chuva” . Quando terminou ninguém saiu do lugar. Ninguém queria ir embora. Na saída ainda ganhamos pipoca do pipoqueiro...

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