terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

ARGENTINA - Buenos Aires



Com o aeroporto de Bariloche aberto, pudemos voar para Buenos Aires sem ter de enfrentar uma viagem longa, por estradas não muito boas até Neuquén. O aeroporto fica numa típica paisagem patagônica. As cinzas vulcânicas foram avistadas ao longe, mas não chegaram a atrapalhar nosso voo.
Um receptivo muito mal humorado nos apanhou no Aeropark, que é um aeroporto bem mais central que o Aeroporto Internacional de Ezeiza. Fica bem próximo do Rio da Prata, que corre mansamente por Buenos Aires.
Com quinze minutos já estávamos chegando no Hotel Aspen Towers.
Um rapaz que falava português nos levou até o nosso apartamento, deixamos as malas e fomos direto pra Calle Florida, ali pertinho.
Uma volta foi suficiente para vermos uma Buenos Aires suja, cheia de lojas fechadas, com placas de ALUGA-SE, vários moradores de rua acampados na Calle Florida e imediações e os muitos policiais fazendo a ronda a pé e em carros com as luzes vermelhas acesas.
Comprei uma sandália Havaiana brasileña e me encantei com as vitrines que expõem a pedra rosa, símbolo da Argentina: a Rosa del Inca ou Rodocrossita. Lindíssimas peças e de preço alto. Tudo está muito caro, mesmo o Real valendo 2,40 pesos.



Los Imortalles é um tradicional restaurante portenho na Lavalle e foi ali que paramos para uma cerveja e depois um belíssimo jantar – frango desossado com sorretinos. Perfeito!
Enquanto jantávamos a TV começou a emitir um alerta para ventos de 90 KM que estavam chegando à capital e fortes chuvas. Ficamos assustados com as imagens dos arredores de Buenos Aires, árvores caídas, cabos de energia e postes derrubados, ruas inundadas... Então, por via das dúvidas, mesmo estando perto do hotel, resolvemos pegar um táxi. Realmente choveu um pouco durante a noite, mas não como foi previsto.


A Plaza de Mayo, a Casa Rosada  e a interminável fila de portenhos para pegarem a carteira do SUBE que vai lhes garantir um subsídio para o transporte diário. Ninguém sabe de quanto será esse subsídio e a TV só fala nisso. Filas enormes por toda a cidade. Pobres argentinos, à mercê da crise que se arrasta há tempos.
 Estivemos na Catedral Metropolitana que fica situada bem ao lado da Plaza de Mayo. O prédio é uma mistura de estilos, que muitas vezes confunde o visitante. A fachada da Catedral  apresenta colunas e o domo, sem torres, fica por trás. Portanto, de determinados ângulos, não se tem ideia de que ali fica a Catedral. O seu interior abriga,  o mausoléu do Coronel San Marti, velado por guardas de pomposos uniformes e a chama eterna que homenageia o Libertador das Américas.

O tradicional Café Tortoni, onde o tempo parou desde 1858, quando foi fundado por um imigrante francês. Desde sempre o café foi frequentado por políticos, artistas e intelectuais. Até Evita foi uma de suas frequentadoras assíduas. Ele fica na Av. de Mayo, 825 e vale a pena ser visitado. A decoração é requintada e o serviço nota 10.

Buenos Aires atravessa tempos difíceis, assim como toda a Argentina. Os protestos e panelaços são vistos em toda a cidade com centenas de pessoas gritando palavras de ordemPosted by Picasa

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