Os dias passados em Salinópolis foram o ponto culminante da nossa viagem ao Pará. Amigos de longa data, juntos, durante 4 dias, onde tudo era motivo de alegria, emoção e cumplicidade. A família do David foi de um carinho extremo, os amigos deles nos receberam como se já fossem também nossos velhos amigos.
A simplicidade da casa e o ritmo das marés ditando nossos horários de sair ou não sair de casa, os cafés da manhã feitos pela Maria, as sobremesas da Maissara, a atenção do Tião e dos jovens que lá estavam, as pescarias ao por-do-sol, os almoços compartilhados na mesa posta ao sabor da brisa marinha... Claro que nada disso será esquecido.
Nossa ida à Praia do Maçarico, que é um "point" de badalação dos jovens que estão curtindo as férias, nos mostrou que aquele sossego da casa onde estávamos era só lá. O barulho, o trânsito infernal, a quantidade enorme de lojas vendendo produtos chineses, bares abarrotados de gente e a iluminação artificial foram um verdadeiro "choque de realidade". A música alta e o ritmo marcado, nos lembra a todo momento que estamos no Pará.
Na manhã do nosso retorno fomos dar uma volta na praia e nos admiramos com a quantidade de carros estacionados na areia, se arriscando serem pegos pela maré que soe sem dar avisos. E muitos atolam na areis ou no barro de mangue que fica sob ela. O calor é desértico e as crianças brincam entre os carros aquecidos pelo sol, o que piora ainda mais a temperatura.
Os pais esquecem-se dos filhos que correm de uma lado pro outro, entre os carros, motos e quadriciclos dirigidos por adolescentes que transitam em velocidade alta pela praia como se estivessem em uma avenida. É surreal!
Soubemos que acidentes graves acontecem todos os anos. Casas lindas, hotéis, pousadas, bares e restaurantes. Tudo apinhado de gente feliz, aproveitando as férias.
ISTO É COMUM DE ACONTECER QUANDO A MARÉ SOBE E AS PESSOAS SE ESQUECEM QUE DEIXARAM OS CARROS À MERCÊ DOS CAPRICHOS DO MAR....
Vejam nesse link o que aconteceu por lá num dia de maré mais alta....
http://obviousmag.org/archives/2008/04/senhora_das_mares.html
São muitos os momentos a serem lembrados...
O PICOLÉ DE TAPERABÁ, DA CAIRU, QUE O RAPAZ LEVOU NO CARRINHO LÁ DENTRO
DA CASA, PARA NÃO ATRAPALHAR NOSSA PREGUIÇA...
O BAR DO JORGE, FORNECEDOR OFICIAL DE CERVEJA
Depois do almoço, foi a hora de nos despedirmos e agradecermos a acolhida afetuosa de quem foi mais cedo e de quem ficou pra ir mais tarde e pegarmos a estrada de volta para Belém.
Já anoitecera quando paramos para um café com tapioca e pamonha, além de mais um "dedinho de prosa", antes de chegarmos em casa.
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