O descanso depois do banquete paraense foi rápido. Apenas 20 minutos e
voamos pra Estação das Docas. Foi a conta de entrarmos na fila e logo
embarcamos num grande barco da Vale Verde Turismo, a maior
operadora do estado. Tínhamos comprado o ingresso na véspera. Na "
Quarta Pai d'Égua" o ingresso é mais barato, R$25,00. A ideia do
passeio, que se chama "Orla ao entardecer" é apresentar a cidade pela
ótica da Baia do Guajará, com shows folclóricos durante todo o
percurso de uma hora e meia de navegação pela orla de Belém.
Dois andares, palco, botes salva vidas em perfeito estado, o barco
recém pintado e capacidade para duzentos e cinquenta pessoas.
Pontualmente, às dezessete e trinta, o barco acionou um longo e triste
apito e partimos em companhia da Heddy e do David, que nunca tinham
feito esse passeio apesar de morarem na cidade há quase 40 anos.
O treinamento para naufrágio foi feito de forma bem humorada e
bastante didática, segundo as orientações da Marinha.
Logo um rapaz ao violão e outro na bateria deram inicio ao show de
músicas e danças folclóricas com um jovem casal vestido com as roupas
coloridas . Ele de calça branca no meio da canela, ela de saia rodada
e colorida, blusa de babados enfeitada de flores e colares.
...E uma bela morena paraense, que deixou os nossos rapazes bastante entusiasmados. O
cairimbó, o lundu, a sensual dançaa do boto, a marujada e tantas outras foram se sucedendo com a troca de roupas dos dançarinos. O rapaz do violão, de forma competente e simpática conduziu todo o
espetáculo sem constranger ninguém, brincando com os presentes e cantando os ritmos regionais.
Ana Cristina, era a colunista fluvial que de forma simples FOI nos mostrando cada atração da bela Santa Maria de Belém do Grão Pará.
A revitalizada estação das DocaS, o Ver-o-Peso e suas garças negras (urubus), a catedral, o mercado da carne, as centenas de barcos ancorados em diversos pontos, a Casa das Onze Janelas, a corveta
da marinha ancorada,, a Ilha da Onça...
A quantidade de rios com nomes indígenas é tão grande que fica impossível
nomear todos.
Belém ao longe, as águas de cor indefinida e o tempo que muda em fração de segundos....
De repente, o céu negro desabou sobre nós, com intensidade do vento forte.
A proteção plástica foi descida e o show continuou. E o tempo muda de novo....
Logo a chuva de deslocou para o lado da Ilha da Onça, apareceu um arco-íris, em uma nesga de céu azul.
O sol se pondo no horizonte tingindo de vermelho as águas do rio Guamá na
baía do Guajará!
O sol vermelho começou a descer incendiando a paisagem .
A guia nos mostrou ao longe a Universidade e o Mangal das Garças, a
área recém revitalizada entregue a população há muito pouco tempo.
Os turistas começaram a dançar o carimbó. Catarina, Jô e Heddy se
esbaldaram e deram show.
A noite caiu e com ela mais chuva.
A Estação das Docas ficou enfeitada de luzes, a Catedral e a Casa das Onze
Janelas também...
Ao longe a catedral iluminada
Na saída do barco os dançarinos para uma última foto.
A noite ainda é longa para nos divertirmos na Estação das Docas...
O David recebeu um telefonema falando do Festival de Verão e fomos então para o Boteco das Onze, que funciona na Casa das Onze Janelas.O Show foi visto de camarote. Um grande palco e as atrações do Festival foram se sucedendo.Crianças cantando, astros e estrelas da guitarrada, do tecnobrega e do tecnomelody. e nós, ali, curtindo um choppe geladíssimo, bolinhos de pirarucu, pastéis e outros petiscos. Voltamos pra casa já bem tarde e, na camionete, nós seis morrendo de rir de não sei o quê... Seis sessentões completamente felizes como adolescentes sem maiores responsabilidades.
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