Às 8:30h já estávamos no ônibus que nos levaria para mais um passeio por terras bahianas. A Ilha dos Desejos fica bem mais próximo.Talvez uns 30 Km. O Rio Acuípe faz uma curva antes de ganhar as águas do Atlântico. Uma passarela entre a vegetação fechada do mangue proporciona um visão bem detalhada da vida que pulsa em meio ao barro escuro e as raízes retorcidas. O aratu, um pequeno caranguejo vermelho fez a alegria das crianças. Uma bem cuidada balsa para dez pessoas é conduzida por um homem que vai puxando a corda que atravessa o rio. As águas são escuras, mas nota-se, olhando de perto, que é limpa e que os peixinhos são muitos. O rio deve ter uns 40 ou 50 metros de largura. Caminhamos por entre galinhas caipiras que ciscavam ao lado das curiosas galinhas chinesas e as agitadas d'Angolas, até alcançarmos a praia. Enorme. E linda. O suco de maracujá, a cerveja gelada e as iscas de peixe bem feitinhas nos fizeram esquecer a nota zero da infra-estrutura. Os banheiros horrorosos, apenas um garçon que disparava a correr entre os coqueirais para conseguir servir o pessoal, a lentidão do atendimento... Mas tudo isso era nada, perante a imensidão daquela praia, dos inúmeros coqueiros carregadinhos de cocos, da simpatia do pessoal do bar. Ali, no verão funciona uma pousada. Há também algumas casas de particulares que estão fechadas nessa época. Caminhei com o Danilo até onde o rio se encontra com o mar. Talvez um quilômetro, um pouco mais... A maré bem cheia não nos deu coragem de mergulhar, mas ficamos por ali, admirando aquele pedacinho do paraiso. Sentíamos que estávamos numa praia deserta. Não víamos ninguém. Mais tarde, já no bar pudemos observar que , com a maré baixa, o rio fica bem mais perto, pois corre diagonalmente. Aí dá pra perceber que a correnteza dele é respeitável e que foi bom não nos arriscarmos..
Depois da uma hora fomos até o Balneário de Tororomba, onde as escuras águas medicinais ficam nas piscinas, embaixo de grandes árvores como cajueiros, jaqueiras e jambeiros. A guia garante que as águas, ricas em iodo e outros sais minerais são muito boas para curar doenças como artrite, reumatismo e doenças renais.
Demos uma voltinha em Olivença, onde literalmente não há nada para se ver e voltamos ao hotel. Logo fui pro terceiro andar, onde fica a piscina e pude ver a improvável decolagem de um avião da Gol. A pista do aeroporto é curta, começa próximo ao rio Cachoeira e acaba há uns 20 metros da avenida e o mar, bem ao lado do Obapa Hotel, onde estamos hospedados. Não dá pra acreditar que nós pousamos ali e de lá devemos, com a ajuda dos céus, decolar pra BH.
Depois das 20horas saímos com a Maria Ângela e o Bolinha para um jantar logo ali depois da "ponte". Comemos muito bem, peixe, camarão, vatapá e caruru.
Na hora de voltarmos o dono do restaurante achou pouco seguro cruzarmos aqueles pouco mais de 300 metros e fez o filho dele nos levar de carro. Hospitalidade bahiana, sem precedentes. Nunca vi isso...
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