Depois do café da manhã, que se prolongou ao redor da mesa bonita preparada pela nossa anfitriã Heddy, a Leticia chegou com a bela Sarah, que mais parece uma princesinha cheia de dengos e sorrisos. Saimos por volta das 10 horas rumo ao Centro Histórico. O trânsito ainda não estava muito confuso por causa das férias escolares, mas nos outros dias, Belém já sofre com os transtornos de mobilidade urbana, como qualquer grande metrópole brasileira.
Belém, com seus quase 400 anos, possui belíssimos prédios antigos que ficam escondidos pela quantidade enorme de fios elétricos, de telefones e Tvs a cabo totalmente "embaraçados" em mil gambiarras, além das grandes placas publicitárias que atrapalham enormemente a visão dos belos casarões históricos. Muitos estão sendo recuperados. Belém passa por um processo der revitalização nunca antes visto, e a valorização dos sítios históricos é uma realidade percebível.
PALACETE PINHO, RECENTEMENTE RESTAURADO
CASARÕES BEM PRESERVADOS
As famosas mangueiras estão espalhadas por toda cidade, formando verdadeiros túneis de um verde exuberante, que amenizam o calor e ameaçam os carros. Ali, um afundamento ou dois no teto de qualquer veículo, não o desvaloriza em nada na hora da revenda. Todos sofrem do mesmo mal.
As grandes praças exibem árvores centenárias e monumentos franceses, coretos e jardins. As avenidas são largas e muita gente debaixo do sol escaldante é vista andando pelas ruas. Esta é a Praça Batista Campos.
Os shoppings são vários, os edifícios modernos e vêem-se construções novas por todos os lados.
Chegamos ao complexo arquitetônico e religioso da cidade velha .O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém, popularmente conhecido como Forte do Presépio. É um espaço muito bem cuidado, com muitos canhões de todos os tamanhos apontados para a baia do Guajará. Parece que foi recentemente reformado e está perfeitamente preservado. Lá também funciona o Museu do Encontro onde estão expostas peças de cerâmica Marajoara e que conta um pouco da colonização portuguesa no Pará.
Do alto dá pra ver o Ver-o-Peso, que serve de moldura para a cidade velha.
Muitos urubus e pombos dão movimento ao lugar. As embarcações chegam e saem trazendo açaí e levando outras mercadorias, combustível , frutas e pessoas...
Lá fomos nós para a Catedral Metropolitana de Belém, construída em 1771 possuindo belas e preciosas telas ricamente emolduradas em todas as paredes.
Vimos esta igreja iluminada a bordo de um barco turístico. Belíssima imagem!
O Museu de Arte Sacra fica no complexo do Palácio Episcopal. O acervo é rico e variado. O monitor Paulo nos acompanhou durante toda a visita, dando explicações valiosas sobre as peças expostas. São centenas, de tamanhos e idades diversas, e expostas obedecendo rígidos padrões de conservação e segurança. A Igreja de Santo Alexandre fica anexa ao Museu (ou vice-versa), possui um belíssimo altar de madeira ricamente esculpido. Achei as cadeiras dissonantes, pois são estofadas, modernas e num tom de amarelo totalmente em desacordo com prédio e sua história. Fomos informados que o lugar é usado para eventos e por isso....
A Basílica Santuário foi erigida em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré pelos padres Barnabitas e foi inspirada na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma. Tem mais 60 metros de comprimento e seu interior é de mármore. Os belos vitrais e o forro totalmente pintado por artistas paraenses se referem à devoção da Virgem de Nazaré. Na fachada externa, bem no alto uma curiosidade chama a atenção dos visitantes mais atentos. Num cenário bem Amazônico, a Virgem, índios, negros, jesuítas, Pedro Álvares Cabral e o fundador da cidade, um governador e uma família de operários . Alguns de terno e gravata..
O almoço foi bem paraense e a siesta inevitável!....
Já é noite e saímos, em dois carros, para conhecer a Estação da Docas. São 500 metros de orla e mais de 32 mil metros quadrados de antigos galpões de ferro onde hoje a cultura e a diversão reinam absolutas. Ali acontecem shows folclóricos, espetáculos de dança e música.
Boulevard das Artes, Boulevard da Gastronomia e o Boulevard das Feiras e Exposições. Lojas de bom gosto, fábrica de cervejas, sorveterias, teatro, cinema, restaurantes e bares, sempre cheio de turistas e gente bonita.
CAIRU - O MELHOR SORVETE DO BRASIL... OU DO MUNDO?
O arquiteto Paulo Chaves Fernandes abriu uma janela para a baía do Guajará, mais adaptando que intervindo na antiga estrutura das Docas. Os grandes guindastes, as grandes peça de ferro e tudo que pode ser aproveitado hoje fazem parte desse imenso complexo. Um ancoradouro turístico também compõe a Estação das Docas. Essa e outras intervenções na paisagem de Belém vem fazendo desse arquiteto um marco divisório entre a antiga e a Nova Belém.
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